domingo, 9 de agosto de 2015

Meia Maratona de São Bernardo do Campo: o bom que já foi melhor

Todo corredor que já está na estrada, ou melhor, no asfalto, há algum tempo tem suas provas prediletas no calendário, aquelas que quando abre a inscrição em poucas horas está inscrito. No meu caso, a Meia Maratona de São Bernardo do Campo é uma dessas provas especiais, hoje mesmo resolvi arrumar minha camisetas de corrida e descobri que já participei de quase metade das 13 edições, o que me transforma em quase fã de carteirinha da competição. Quebra de recordes? Kit recheado de badulaques? Muitos e muitos amigos? Nada disso, percurso de doer os ossos no dia seguinte, simplicidade e em geral os mesmo amigos ponta firme que gostam deste evento. Mas nesta última edição, algumas coisas mudaram, e infelizmente não para melhor.

De volta às mãos da Corpore, apesar de ter sido muito bem organizada no ano anterior por outra empresa, neste ano a experiência da entidade garantia eficiência no gerenciamento dos itens básicos como entrega de kits no dia, percurso desafiador e sem vai e volta, estrutura de hidratação decente para quem vai encarar os 21 Km. Tudo isso naturalmente se repetiu, foram exatamente os itens extra que causaram um pouco de transtorno. Optou-se neste ano por disponibilizar um percurso de 10 Km, alternativa aos 5 e 21 Km que já caracterizavam a prova.
Porém os atletas que escolheram a distância intermediária correram um bom trecho dentro de um bolsão de estacionamento atrás do ginásio que concentra a estrutura da prova. Isto em nada afetaria as outras distâncias, afinal, fui para os 21 Km como de costume, porém o mal direcionamento dos veículos que chegavam ao local da prova e a impossibilidade de utilizar o outro bolsão por ser parte do percurso causaram um pouco de transtorno. Com menos vagas, mais “flanelinhas” ou guardadores de carros pela região, além de uma volta desnecessária para acessar o único bolsão de estacionamento, que logo lotou.

Outra característica marcante das edições anteriores era o trecho entre os Kms 10 e 11, o qual tomava duas pistas da Rodovia Anchieta, com apoio da Polícia Rodoviária. Neste ano o trecho foi retirado, sabe-se lá por qual motivo, e inseridos mais alguns trechos urbanos, todos com subidas e descidas. Bom, pelo menos não tirou a dificuldade da prova, mas era bacana “invadir” a rodovia na metade do trajeto. Pequenas mudanças, a princípio desagradaram alguns, mas que podem ser melhoradas nas próximas edições.

Quanto à este aqui, terminou em 02:10:34, até que um pouco melhor que nas últimas provas na distância. Pena que tal marca não é apenas resultado de treinamento, melhorando após 2 semanas de
tosse, com ar frio e poluído, o jeito foi ligar os motores e não parar para nada, a não ser a linha de chegada. Aí sim, após a dispersão, uns 5 minutos de tosse, bem longe das equipes médicas, senão iam me levar para as tendas pensando que eu estava com algum problema.

E como na corrida não se diz “deste posto de hidratação não beberei mais”, provavelmente eu volte nas próximas edições, torcendo apenas que a prova não tenha mais modificações e que seja mantida a qualidade do percurso, ou melhor, a dureza das subidas e descidas.

2 comentários:

  1. Todos tem essas provas favoritas que mal conseguem explicar o porque, não é?! Também tenho as minhas e nem de longe são as dos kits lindos e coloridos e de percursos planos com marcadores de ritmo com bolinhas vermelhas em cima das cabeças.

    Parabéns, fera. Bons treinos.

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    Respostas
    1. É isso aí, o que vale é gostar da prova, não apenas do kit.

      Bons treinos!

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