segunda-feira, 29 de julho de 2013

Golden Four SP: incrível!

Domingo, 04:45 horas da manhã. Temperatura na cidade de São Paulo: 8 graus Celsius, sensação térmica próxima de zero grau. Depois de uma semana congelante, ainda tenho que levantar da cama para estar às 07:00 horas posicionado na linha de largada de mais uma meia maratona. Mas bastou este último pensamento para eu chutar as cobertas longe e preparar o aparato para mais 21 Km, a distância que mais gosto neste universo das corridas. Pela primeira vez desde que o circuito foi criado, esta é a minha primeira participação na Golden Four, conjunto de 4 provas de meia maratona “pura”, ou seja, sem distâncias alternativas e com altimetria pensada para quebra de recordes pessoais.

Novamente o convite foi oferecido pela Iguana Sports, organizadora da prova e que tem mostrado muita competência no que se refere à estrutura de corridas de rua. Quem me conhece sabe que eu sou exigente, e mesmo tendo recebido a inscrição como cortesia, sou bem
criterioso no quesito organização, inclusive mais a frente vai ver que um ponto me desagradou, mas que servirá como incentivo à melhoria. A retirada de kits aconteceu na véspera em um centro de convenções com amplo espaço, sem tumulto e com diversos patrocinadores oferecendo seus produtos relacionados à corrida. A marca esportiva Asics também montou um belo stand com diversos aparatos de ótima qualidade para quem leva o esporte a sério.

No dia da prova, cheguei à região do Jockey Club de São Paulo por volta de 06:30 horas,
onde os termômetros marcavam 10 graus e nem sinal do sol aparecer. Arrumei o que precisava e parti para o guarda-volumes faltando uns 10 minutos para a prova, mas aí tivemos o ponto problemático: filas enormes de corredores que já desesperados viam que o horário de largada se aproximava. Observei que não era a operação do staff que estava devagar e sim a sinalização das faixas de números de peito que estavam muito próximas e pouco visíveis, o que fez com que uma grande fila fosse formada enquanto os demais pontos estavam vazios. Fora isso, um pequeno atraso na largada e parti para mais uma prova de 21.097 metros.

O frio acompanhou os corredores pelo percurso todo, apenas com um sol tímido ao final, mas que logo invadiu o espaço aéreo esquentando um pouco o dia. Minha impressão ao longo do percurso, tirando o blá-blá-blá inicial que ouvi ao meu redor, era de total concentração dos atletas, como se estivessem levando a sério a quebra de marcas pessoais. Legal isso, o apelo da prova estava fazendo efeito e a
maioria estava concentrada em suas metas. Destaco como ponto forte a hidratação farta de água e Gatorade, aliás, nunca tomei tanto isotônico em uma prova desta distância.

Como não estou em condições de quebra de recordes pessoais, mundiais ou olímpicos, resolvi mudar o desafio de baixar meu tempo para algo mais aceitável: aproveitar o percurso plano de uma prova rápida, porém longa, para tentar manter o ritmo ao longo do caminho. Com o auxílio do GPS coloquei como meta manter aproximadamente 06:30 minutos/Km, ou seja, um ritmo próximo do que faço em provas de 10 Km. Apesar de terminar em 02:19:46, conferindo o resultado final deu um ritmo de 06:39 min/Km, sendo que as marcações do GPS registraram pouca diferença entre os quilômetros.


Resumindo, missão cumprida, a prova não apenas atendeu minhas expectativas de desafio pessoal, mas acabou também entrando para meu calendário anual de corridas. Para falar a verdade, penso até em corrê-la em outras cidades nas próximas edições, mas isso nos próximos anos.

Além de SMS enviado para os celulares após a prova com os tempos oficiais, os corredores puderam também gerar um certificado de participação com tempo e classificação, importante para comprovação de resultados. Ao final o corredor recebia sua merecida medalha, mais Gatorade, uma toalha com o logotipo da prova e um lanche (salgado, finalmente!). O valor da inscrição, R$ 100,00,
não é dos mais baratos, mas dada a qualidade do evento, extensão do percurso, estrutura e kit de participação, diria que é justo. Vou retomar este assunto de custo de provas em outro post, tem gente que ainda não entendeu que não se faz uma prova deste porte com inscrição gratuita, mas vamos conversar sobre isto em outra ocasião.

O que importa é que tive a satisfação de participar de minha terceira meia maratona neste ano e semana que vem tem mais corrida... meia maratona, para variar.

(agora, será que alguém pode tirar este controle remoto das mãos de quem controla o clima?)



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Skechers amplia linha de tênis de performance no Brasil

Apesar do frio, notícia quente para os corredores: recebi da Skechers as informações abaixo sobre a nova linha de tênis.

Confira:


GOrun 2, GObionic ride e GO speed são as novidades da marca na divisão de perfomance

A Skechers – marca americana de tênis – traz para o Brasil três dos novos modelos que complementam a linha GO de calçados de performance - GOrun 2, GObionic ride e GO speed. Os novos tênis são indicados para a prática de diferentes modalidades de corrida e ampliam a opção de calçados para este esporte que ganha cada vez mais adeptos.

O GOrun 2 e o GObionic ride são modelos quase sem amortecimento, para os adeptos da prática de corrida minimalista. “No Brasil, o minimalismo está em fase de experimentação dos corredores. Indicamos o GOrun 2 para quem está em período de transição da corrida com amortecimento para a natural. Já o GObionic ride para os atletas acostumados a correr com a sensação do descalço”, explica Thianne Martins, gerente de Marketing da Skechers no Brasil.

O diferencial do GO speed é que ele foi desenvolvido pelo maratonista número 1 dos Estados Unidos, Meb Keflezighi, juntamente com Skechers e tem como foco as maratonas.

Gorun 2

O Skechers GOrun2™ é a nova geração de uma série de calçados de corrida minimalista. Projetado com inovadoras tecnologias que promovem uma pisada com o médio pé e pesando apenas 190 gramas. O Gorun funciona como um excelente tênis de transição para aqueles que procuram uma experiência de corrida descalça.

Nesta nova versão houve uma redução na pressão no arco do pé em comparação com o GOrun, proporcionando mais estabilidade. Além disso, fios de malha flexíveis entrelaçados em quatro direções, novas texturas e malhas mais resistentes projetadas para dar mais flexibilidade e proteção para os pés.

Detalhes:

· GOimpulse: Sensores circulares independentes oferecem flexibilidade e feedback para uma experiência mais ágil de corrida.
· M-Strike Technology™: Projetado para promover uma pisada de médio pé.
· Breathable 4-way stretch mesh: Malha respirável, estica permitindo mais espaço para os dedos.
· Custom Fit: Ainda mais minimalista com a remoção da sola interna.
· Roomier Forefoot: Espaço extra para reduzir o atrito e permitir que os dedos possam se espalhar, ter aderência e empurrar.
· 4mm Heel Drop: Heel drop substancialmente menor que os tradicionais tênis de corrida e treino. Calcanhar minimalista mantém o pé em posição praticamente neutra.
· Resalyte™ Midsole: Exclusivo composto injetado, com retenção de memória e leve.
· Progressive Flex: Transições de plataforma estável para flexibilidade do médio pé.

Construção:

· Tecido sintético quase sem peso e tecido de malha de alta qualidade
· Alta flexibilidade em praticamente todo o tecido com cadarço frontal
· Detalhes de costura Flatlock para encaixe perfeito e menor peso
· Forro do tênis feito em tecido liso e macio
· Peso: 190 gramas por tênis, baseado no tamanho 41 masculino / 150 gramas por tênis, baseado no tamanho 35 feminino
· Preço sugerido: R$299,00


GObionic Ride

O Skechers GObionic Ride apresenta uma engenharia de construção inspirada na natureza para que o movimento dos pés seja mais natural.

Os praticantes já adaptados à corrida minimalista têm neste lançamento um reforço na região da pisada que gera 25% mais amortecimento Resalyte™, o que aumenta também a durabilidade do calçado. “O GObionic ride traz esse aumento no amortecimento, mas continua um clássico minimalista para atletas já acostumados com a modalidade”, explica Thianne.

Detalhes:

· 4 Way Stretch Mesh: Tecido de malha respirável na parte superior que permite ajuste preciso e movimento natural dos dedos.
· 4mm heel drop: Calcanhar minimalista mantém o pé em posição praticamente neutra.
· 18 zonas articuladas de amortecimento bio-responsivas na sola oferecem flexibilidade, sensação e conformidade com o solo.
· Resalyte™ Midsole: Exclusivo composto injetado, com retenção de memória e extremamente leve. Ajuda a absorver o impacto.
· M-Strike Technology™: Projetado para promover uma pisada de médio pé.

Construção:

· Tecido de malha sintética na parte superior extremamente leve.
· Cadarço frontal.
· Tecido liso e confortável na parte interna para aumentar o conforto ao usar sem meias.
· Custom fit: palmilha de 1.7mm removível.
· Borracha de alta abrasividade e pastilhas de tração na sola.
· Peso: 212 gramas por tênis (baseado no tamanho 40 masculino).
· Preço sugerido: R$349,00


GOrun speed

O Skechers GOrun speed é o tênis oficial do Meb Keflezighi, maratonista número 1 dos Estados Unidos. Esse tênis foi construído para competição e projetado para velocidade usando as inovadoras tecnologias de performance da Skechers, juntamente com o atleta.
Desenvolvido para uma típica corrida plana. Nele o corredor não tem a sensação do impacto sobre o médio pé, mesmo com uma espessura maior na região central. Outro diferencial é que o GOrun Meb é mais ajustado ao pé e possui uma placa rígida que lhe confere mais estabilidade e firmeza.

Detalhes:

· GOimpulse: Sensores circulares independentes oferecem flexibilidade e feedback para uma experiência mais ágil de corrida.
· M-Strike Technology™: Projetado para promover uma pisada de médio pé.
· 4mm heel drop: Calcanhar minimalista mantém o pé em posição praticamente neutra.
· Resalyte™ Midsole: Exclusivo composto injetado, com retenção de memória e leve. Ajuda a absorver o impacto.
· Placa de estabilidade no médio pé para uma corrida mais segura.
· Forro interno não possui costuras, maximizando assim o conforto.

Construção:

· Tecido sintético praticamente sem peso e tecido de malha de alta qualidade
· Cadarço frontal
· Peso: 212 grama (baseado no tamanho 40 masculino).
· Preço: R$399,00

SAC SKECHERS
sac@skechers.com
(11) 3894-4100

Sobre a Skechers

Fundada em 1992 em Manhattan Beach, na Califórnia (EUA), e presente em mais de 120 países, a Skechers é uma das maiores empresas de calçados do mundo. Nos EUA é a segunda marca de calçados mais vendida, sendo a líder de vendas no segmento infantil. A Skechers é famosa no mundo todo por criar calçados esportivos com a tecnologia Mid-Foot Strike, que induz a pisada com a parte central do pé, o que promove uma passada mais próxima da natural, favorecendo a tonificação muscular das pernas e melhorando a postura. A evolução da marca se deve, entre outros fatores, à inventividade e originalidade marcantes da Califórnia transmitidas a seus calçados. A Skechers desenvolve tênis para performance, fitness, família e moda casual, feminina e masculina, além de botas e modelos infantis.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Circuito Athenas II SP: faça chuva, faça sol...

Depois de quase dois anos ausente desta prova, tive a oportunidade de participar do Circuito Athenas Etapa II, São Paulo, que aconteceu neste domingo sob chuva... e sol! Pois é, vai entender o clima de São Paulo, aliás, ninguém nunca entendeu. Mas para o corredor não existe tempo ruim, é o que prova a imensa fila de veículos às 06:00 da manhã de uma madrugada chuvosa e com muita ventania, esta responsável por sono interrompido para diversos participantes, inclusive eu.

Percurso simples, vai e volta pela pista expressa da Marginal Pinheiros, então o desafio é manter o ritmo. Afinal, o objetivo principal deste circuito é promover a evolução do corredor nas distâncias, então o que interessa é oferecer condições em que ele possa medir se está preparado para desafios mais longos. Com opções de 5, 8 e 16 Km, a prova estava marcada para 07:00, atrasou um pouquinho sem prejuízo para os participantes, talvez pela fila de carros que tentava entrar no estacionamento da Transamerica Expo Center, totalmente bagunçado devido à uma feira de automóveis, eventos que estavam sendo montados nos pavilhões e falta de direcionamento do trânsito.

Dada a largada, a chuva ia e voltava, o vento deu sossego e entre as nuvens o sol parecia querer “descer para o play” também. E não deu outra, na metade da prova (para a maioria, é claro), a chuva parou de vez e a pista começou a ser banhada pelos raios de luz. E eu esperando tempo frio, com camisa segunda pele e calça de corrida prestes a fritar no asfalto, não vi outra alternativa a não ser apertar o passo. Naquele ritmo costumeiro de provas de 10K, terminei em 01:47:08, razoável mas dentro do esperado para quem foi para a prova com o joelho envolto em uma joelheira. Lesão? Deixa pra lá, só uma pancada forte que deixou a região dolorida.

E na largada, muitas celebridades dos blogs: encontrei o Leonardo do Pisando Por Aí e a Eliete do Feliz Correndo, além de cruzar com o Alessandro do Correndo Que Me Entendo no Km 6. Aliás, ele já estava voltando e queimando o chão, mas deu tempo para uma troca de acenos dos dois lados da pista.


(Eliete, peguei a foto do seu blog, meu celular não colaborou e fiquei sem foto do pessoal)

Considerações sobre a prova

Novamente fui convidado pela Iguana Sports a participar da prova, que adorei não só pela cortesia mas pela excelente corrida. Este negócio de largar cedo é ótimo, sacrificamos só uma hora de sono e as vantagens são ótimas, não só pelo clima mas pelo maior aproveitamento do domingo. O kit possuía duas versões, econômico e plus, sendo que neste último uma camiseta de manga longa era acrescentado, além de outros brindes, mas mesmo no econômico achei a qualidade e originalidade da camiseta muito boa. Medalha muito bonita e hidratação farta.


Tenho alguns comentários sobre coisas que não gostei, fica aqui como crítica construtiva para o organizador: local de estacionamento muvucado (por conta do pavilhão), distribuição de Gatorade na prova muito lenta, tanto é que não estava disposto a aguardar a boa vontade da pessoa que distribuía encher o copinho. E é claro, de novo, como de costume, o número excessivo de pipocas (gente sem inscrição – e sem caráter) que usufruíam da estrutura da prova. Novamente o paredão de staff tirava-os da área de dispersão, mas o problema continua.

Resumindo, excelente prova, novamente fica o agradecimento pelo convite e semana que vem tem uma das que eu mais aguardo: Golden Four Asics.

Eba, outra meia maratona!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Mais uma Maratona do Rio

Poderia ter sido melhor. Ou poderia não ter sido tão ruim. Até agora não consegui definir qual frase melhor descreve minha participação na Maratona do Rio no último final de semana. Eu já sabia que não daria para nivelar pelo ano passado, quando choveu e consegui a façanha de terminar em 04:59:08, tempo alto mas ainda um recorde para mim. Eu só queria terminar sem sofrer com o calor que já estava previsto, mas não teve jeito. Prova boa, já foi melhor em organização, percurso sofrido, que também já foi mais divertido. Aí vai...

Another one bites the dust (como diria o Queen)

Nossa estória começa 4 dias antes, quando o paspalho aqui tropeça na rua e vai com as quatro patas no chão e por pouco não morde a calçada. Tombo feio, ainda fui meio que socorrido por uma moça que perguntou se eu estava machucado, no que respondi que ainda não sabia. Doía tudo, mas segui meu trajeto, almocei e voltei para a empresa com meio litro de álcool para esfregar nas dores que iriam aparecer. E apareceram bem no pé esquerdo e no joelho direito, que aliás, ainda dói. Foi um susto e tanto, o primeiro pensamento quando estava no chão, era “lá se vai a maratona...”.

Mas teimoso como eu sou, sábado logo no início do dia, lá estava eu a bordo de um 737-800 rumo à cidade maravilhosa.

Então, hora de morfar...


Ê Paulishta!

Pois é, como o jeito era descansar na véspera, melhor evitar passeios muvucados ou longas caminhadas. E o que o paulista mais gosta de fazer? Shopping Center e cinema, descansei enquanto o Brad Pitt combatia os zumbis e salvava a humanidade.

Domingo, 04:00 da manhã...

Cada ano despertam o pessoal mais cedo, e isto é bom. A Equipe de Corredores Tavares, com quem sempre viajo, já sabe de todo stress que é chegar ao Recreio para a largada da prova, então antes do galo cantar, todos já estavam na maior barulheira no café do hotel. O dia começa a amanhecer no Rio de Janeiro, e o sol começa a deixar bem claro que neste ano ele vai assistir a prova. De ponta a ponta, diga-se.

Chegamos 30 minutos antes da largada, e a primeira reclamação para a organização vai para a quantidade insuficiente de banheiros químicos. Procedimentos pré-prova resolvidos, tudo pronto e é só
posicionar na largada, sem encontrar ninguém conhecido é claro, devido ao horário. Começa a jornada de 42 Km (e aqueles malditos 195 metros!).

Tem gente que reclama do trecho inicial da maratona, que é monótono, sem público, muito deserto, mas eu gosto daquele retão infinito com o dia raiando e as montanhas da cidade ficando mais nítidas no visual. E o sol, é claro, esquentando.

Passei pela marca de 21 Km, largada da Meia Maratona e continuei meu caminho rumo à primeira subida, o elevado do Joá. O ritmo quebrou um pouco, o GPS
ficou doidão com o vai e vem de sinal e ao final do trecho coberto, o asfalto ardia com o calor.

Lá vem a Av. Niemeyer, subida do cão, mas eu já sei como encará-la. Liguei o playlist de novo no celular, e ao som da 9ª. sinfonia de Beethoven *, subi a pirambeira com o lindo cenário do litoral do Rio à minha direita. Sim, se você estava lá, era eu tentando acompanhar a melodia em voz alta, para disfarçar um pouco o sofrimento...

No que deveria ser o ponto onde o freio de mão pode ser baixado e o início do voo começa, a coisa complicou. Bem na descida em direção ao Leblon eu já sentia sinais fortes de calor e cansaço e resolvi diminuir bastante o ritmo. Isso era mais ou menos o Km 28, talvez um pouco mais a frente, mas daí em diante o ritmo foi pra lá de pangaré.

Zona de Guerra

Na minha próxima maratona vou usar uma camiseta com aqueles dizeres de plaquinha de restaurante por kilo: “aproveite e converse, faça amigos!”. É isto o que acontece quando você anda em uma maratona, as pessoas desconhecidas começam a conversar (ou se lamentar) com o próximo. No meu caso, eu aproveitei para tirar uma foto de um corredor carioca que estava tentando “se enquadrar”
na frente da placa de 30 Km, conversei com outra corredora que tentava engatar um trote apesar de uma bolha nos pés (eu até ofereci o BandAid extra, mas ela não quis) e fiz o sinal de “positivo” para alguns que já pareciam vencidos pelo cansaço.

Mas o pior estava por vir: vi corredores sentados na calçada à esquerda, contemplando o Oceano Atlântico ou esfregando as pernas. Outros alongavam. E a pior cena foi ver a aglomeração em volta de um caído, ambulância ao lado já com outro dentro, e depois ver a mesma viatura em disparada na pista ao lado. Mais adiante um rapaz diminuiu o ritmo bruscamente ao meu lado e disse “não dá,não aguento mais!”. Diminuí o meu também e perguntei “quantos você conhece que fazem o que você está fazendo?”. Demorou alguns segundos e ele respondeu “poucos”. É claro que a ficha caiu e o cara engatou novamente, não sei por quanto tempo, mas dei algo para ele pensar a respeito.

E assim foi até o final

Trota, corre e anda, não necessariamente nesta ordem ou na mesma proporção, e terminei minha oitava maratona, a quarta no Rio, não da forma que queria, mas terminei. Provavelmente não volto no próximo ano, com esta estória de Copa do Mundo, vou deixar a poeira abaixar, mas ainda farei a prova novamente, com ou sem sol.


Organização

Não é uma prova das mais caras, mas não é das mais baratas, diria apenas que o valor é justo para uma maratona. Só tenho alguns pontos que percebi uma certa queda no padrão do evento, como a quantidade de banheiros químicos na largada e no percurso, camiseta de baixa qualidade, hidratação muito espaçada entre alguns pontos e um que já mencionei nos anos anteriores, direcionar o trânsito de forma eficiente para a largada. No geral, continua muito boa, mas não o organizador precisa ficar atento aos detalhes para que a qualidade não caia.

Parabéns a todos que concluíram a Maratona, Meia ou Family Run na Fornalha (quer dizer, Cidade) Maravilhosa!

* Para quem não sabe, este trecho da sinfonia chama-se Ode to Joy – Hino à Alegria. Experimente subir a Av. Niemeyer numa corrida ouvindo esta obra e você vai entender...

Blog de corrida também é cultura!

Divulgação: Circuito Athenas SP, Etapa II

Finalmente meu calendário de corridas contemplou a segunda etapa do Circuito Athenas em São Paulo. No próximo dia 21/07 a continuação do circuito evolutivo desta prova, uma ótima oportunidade para incrementar a quilometragem nas corridas. Alguns circuitos trabalham no sentido de oferecer o mesmo percurso de tempos em tempos, permitindo que o corredor compare seus tempos, no caso do Circuito Athenas o objetivo é a evolução da distância, onde o corredor pode iniciar na primeira etapa com 5 Km e chegar aos 21 Km da Meia Maratona na última. Vou para os 16 Km, distância que ainda não tive oportunidade de correr (sempre para menos ou para mais), o que vai ser uma experiência interessante.

Segue informações disponibilizadas pela Iguana Sports, organizadora da prova:

CIRCUITO ATHENAS – Etapa II

O Circuito Athenas é um dos melhores circuitos de corrida de rua para quem procura evolução e desempenho. Composto por 3 distâncias a cada etapa, existe sempre uma distância ideal para iniciantes, amadores e atletas.
Na etapa II você pode escolher entre as distancias de 5, 8 ou 10K, os percursos ocorrem na ponte transamérica em São Paulo, e no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Percursos rápidos, hidratação boa, e organização são os fatores mais fortes dessa prova.
Acredite no impossível!
ETAPA II
SÃO PAULO 21.JUL
RIO DE JANEIRO 11.AGO


As inscrições podem ser feitas através do site www.circuitoathenas.com.br