segunda-feira, 18 de março de 2013

Meia Maratona de SP: Um Bom Dia Para Correr

Eu só tinha 2 opções: fazer ou não a inscrição para a Meia Maratona Internacional de São Paulo. Na verdade todo mundo tinha as mesmas opções, então o problema era definir se valia a pena ou não participar da prova. Coloquei tudo na balança. A favor: vontade de participar de uma Meia, 10% de desconto na inscrição por ser assinante da Revista Contra-Relógio, poucas provas neste início de ano, facilidade no acesso. Contra: não ter tido tempo de treinar nem dormir nada na última semana (e eu já sabia que isto iria acontecer) e o desrespeito do organizador por ter mudado a data da Maratona de SP após o início das inscrições. Mesmo assim, decidi arriscar.

E deu certo: o maior medo era enfrentar a prova destreinado, estressado e cansado debaixo de um sol de 30 e tantos graus, mas uma deliciosa frente fria entrou rasgando no final de semana e deixou o clima com cara de ar condicionado. Eu continuava destreinado e acumulando o sono perdido da semana anterior, mas pelo menos o clima estava sensacional para uma corrida. Pena uma dor tardia na coxa, que não é lesão, e sim brinde de uma semana cheia de problemas e preocupações, a tal “somatização”. Carreguei a danada pelos 21 Km, só aparecia quando eu fazia a graça de tentar acelerar, mas não impediu manter o ritmo de sempre. Mexi no cronômetro no momento errado e acabei bagunçando a minha marcação, mas foi por volta de 02:28:00 (no site está o tempo bruto, calculei por aí). É o que tem pra hoje, na próxima eu me cuido melhor.

Fale o que quiser do organizador Yescom, especialmente atire pedras na questão da Maratona de SP (a qual não irei participar), mas acredito que o trabalho nesta prova pode ser classificado como eficiente. A entrega dos kits foi rápida, a largada aconteceu no horário, boa quantidade de postos de hidratação (poderiam servir água gelada), Gatorade no Km 13 e ao final, medalha muito bonita. Como pontos contra, apenas deveria ter mais banheiros químicos, que não aguentaram a demanda antes da largada e melhor preparação do staff. Há relatos de corredores não inscritos que pegaram medalha e lanche ao final, além do cidadão de uma das bancas que parecia estar servindo Gatorade somente para ele (o corredor quase se lançava sobre a mesa para pegar o copo!).

A maior crítica, que na verdade fica como sugestão é sobre o tal “internacional” da prova. Não vou discutir valores de premiação, pois não tenho conhecimento do quanto pagam lá fora. A questão maior é transformar o evento em algo turístico para quem visita a cidade. Antes de mais nada, melhorar alguns pontos do percurso, como por exemplo, tirar a incursão à cracolândia. Uma passada rápida pela estação da Luz já daria o tom de ponto turístico da cidade, não precisa adentrar naquela região negligenciada pelo poder público. Por que não abrir o estádio do Pacaembú e fazer a largada e chegada lá? Ficou muito bom o trecho que passa pelo Memorial da América Latina, este sim um ponto turístico importante da cidade, e o subidão que vem na sequência para chegar novamente ao Elevado Costa e Silva, o Minhocão. Putz, e eu não vi ninguém se jogar de lá! (alguém lembra desta estória???)

Outra situação esquisita: a associação de moradores da região pediu que o som não ficasse tão alto, pois queriam dormir até mais tarde. Resultado: recados dados quase sussurrando e não cheguei a ouvir quando a largada foi dada. Por que não pedem também para as torcidas organizadas fazerem silêncio em dia de jogo? Ah, é mais fácil encher o saco dos corredores. Lembrando: estas são as pessoas que se disseram “gente diferenciada” quando o Metrô estudou a possibilidade de abrir uma estação na região.

Mas no geral a prova foi muito boa, senti os corredores focados no percurso, sem grupinhos se arrastando e conversando, apenas a camaradagem de sempre ao longo dos 21,1 Km. Se dessem uma “tunada” nesta prova, seria um evento único e atrairia gente de todo canto. Não é das mais fáceis, não é tão difícil e a distância compensa uma viagem à capital mundial do stress, São Paulo.

Correndo com dor e despreparado de novo? Pois é, velhos hábitos são duros de matar...

10 comentários:

  1. Show de bola Rinaldo! Parabéns por mais uma conquista, mesmo que sofrida!

    Abraços

    Paulo
    Corre Coração

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  2. È isso Claudio assino embaixo , alias o primeiro semestre pra mim é um desastre correr, mas eu insisto, o minhocão até hoje eu lembro da historia do suicidio em massa kkkk

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    1. Procurei você lá mas não encontrei, cheguei muito perto do horário de largada. Ah, alguém se lembra do suicídio coletivo...

      Abraço!

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  3. Muito bem relatado Rinaldo.
    Até deu vontad de ir aí em 2014, quem sabe?

    Quanto à Yescom, participei de duas provas com eles e só senti problemas no som também, no geral foram bem organizadas.

    Abraços

    Corridas do Luizz

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  4. Muito bem descrito, amigo ! Meu carinho e admiração.

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  5. Rinaldo,

    A frente fria ajudou, mas vejo que seu condicionamento físico não anda tão abalado. Cravou um ótimo tempo. Parabéns por mais uma prova realizada.
    Adorei o relato.

    Abraço e bons km's!!!

    Helena
    correndodebemcomavida.blogspot.com

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    1. Dava até para ir melhor, mas eu já sabia que a semana ia ser de stress, por isso quase não fiz a inscrição. Mas valeu a pena, seja como for, acabou sendo um belo treino.

      Abraço!

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