domingo, 29 de agosto de 2010

Corrida Vertical: para o alto e avante!

É possível definir um evento como “perfeito”? Sim, hoje eu aprendi que é possível. A Corrida Vertical, marcada para acontecer neste dia 29 no prédio da Nestlé na Marginal Pinheiros aqui em São Paulo não teve um único furo até onde participei, demonstrando que a organização trabalhou duro para que cada detalhe fosse pensado e executado.

É claro que a natureza do evento exigia uma logística muito mais apurada, e isto aconteceu desde o dia do lançamento do site para as inscrições até o momento onde deixei a arena. Foi explicado claramente desde o início que a inscrição não garantia a participação no evento, e o corredor já era informado logo de cara que deveria apresentar atestado médico recente para eventos de corrida no dia da prova, além de frisar os riscos de um evento esportivo em um ambiente indoor e com escadas.

Sinceramente, eu não acreditava que o atestado iria ser cobrado, mas providenciei mesmo assim. Logo após o “bom dia” do pessoal do staff, a primeira pergunta era se estava de porte do atestado e documento. Muita gente bobeou e ficou de fora ali mesmo, até por falta de carimbo do médico no atestado. Sem kit. Sem choro. Ponto positivo, a preocupação com a segurança era prioridade e foi observada à risca. Para quem acompanhou o fato de eu estar lesionado há algum tempo atrás, fui examinado e entrevistado pelo meu médico antes da liberação do atestado, ou seja, nenhuma irresponsabilidade minha ou dele.

Através de e-mail e lista no site os participantes foram convocados com todas as informações complementares, de horários à estacionamento conveniado. As largadas seriam em baterias a cada 10 minutos, e o corredor receberia as últimas instruções pouco antes da largada.

Fazendo história

Cheguei, fui muito bem atendido, assinei mais um termo de participação e retirei meu kit. Sem querer, conheci o blogueiro Fábio Namiuti, que também largaria na primeira bateria. Chegamos à conclusão que estávamos entrando para a história, ou seja, largando na primeira fila do que parecia ser uma corrida que faria parte do calendário dali para a frente. Guarda volumes muito organizado e mais gente educada no staff. A camiseta obrigatória do evento é de ótima qualidade e muito bonita, vai se tornar uma das favoritas no armário.

E foi dada a largada... Após as instruções finais, liberação de algumas portas e circulação, partimos para o desafio. Corremos uns 50 metros entre a entrada do prédio da Nestlé e o início das escadas, passando pelo saguão principal. O pelotão dispersou rápido, e como já era de se esperar, fiquei por último. Sem problemas, eu sei minha velocidade, e também sei que não desisto. Nos andares ímpares havia pessoal da organização caso alguém quisesse pegar o elevador para voltar e a cada quatro andares atendimento médico de emergência. Nem parecia uma prova no Brasil, de tantos detalhes bem pensados.

Andei, por assim dizer, em vários pontos e cheguei ao heliponto no 31º andar após 09:39. De certa forma era a minha meta, concluir antes de 10 minutos. A vista compensa, e você fica abobalhado por terminar uma maluquice destas. O Namiuti e o pessoal da bateria dão os parabéns, o staff já organiza a descida e nos felicita guiando o grupo para o elevador. Fomos recebidos meio como “heróis” no saguão principal, tipo, a primeira bateria voltou... inteira!


Como treinar para um evento destes? Simples:

1 - More em prédio, como é o meu caso
2 - De preferência, more em um andar acima do oitavo (é o meu caso, de novo)
3 - Tenha uma empresa de manutenção de elevadores irresponsável como a que temos aqui, assim você fica sem elevador por quase uma semana e tem que subir de escada várias vezes.

Pronto, agora só basta colocar velocidade, o que digamos, não é fácil.

O tradicional locutor de provas de rua Chicão anunciava que cada minuto nesta corrida equivalia a dez minutos em uma prova normal. Além de ter conferido esta sensação, o que achei mais difícil foi a exigência de grupos musculares das pernas que não são treinados com regularidade, mesmo quando praticamos subidas. E como você deve adivinhar, vou assumir o erro de sempre: não faço musculação e isto implica em perda de força.

Conclusão

Foi o evento de corrida mais rápido e divertido que já participei. Espero que todos tenham tido a mesma sensação de organização e responsabilidade das empresas envolvidas, e que as próximas edições realmente venham a ocorrer, colocando o Brasil neste circuito do Vertical World Circuit.

Enfim, parabéns a todos, que trabalharam ou que enfrentaram a subida!

sábado, 28 de agosto de 2010

Para os “órfãos” da Nike 10K

Desde o ano passado não ficou muito claro o motivo que levou a Nike a transferir a prova Human Race (ou Nike 10K) para o Rio de Janeiro, não realizar em São Paulo ou abrir novas frentes desta tradicional competição. Para completar, neste ano o motivo oficial foi a transferência da estratégia de marketing para o Desafio 600K, onde atletas percorrem o percurso São Paulo-Rio de Janeiro em equipes, totalizando esta distância insana. Você pode ler a matéria completa no Webrun, para entender um pouco melhor.

O que não dá para entender, com ou sem matéria, é o que tem a ver uma prova tradicional de 10 Km onde são esperados ao menos 20.000 corredores com uma de 600 Km com uns 100 atletas no máximo (não pesquisei o número oficial). Na minha opinião, que não tem o objetivo de denegrir a marca e sua estratégia de marketing ou a prova de 600K, o que aconteceu foi o resultado da edição de 2008, onde imaginava-se que fazê-la ao redor do mundo todo no mesmo dia renderia o total de 1 milhão de atletas. O trocadilho “Human Race” foi genial, pois “Race” em inglês pode significar tanto “corrida” como “raça”. Ideia incrível, imagine você como parte deste evento e já dá vontade de participar. Mas aqui no Brasil, até onde eu sei, não foi atingida a marca de 25 mil atletas inscritos (o preço, talvez?) e o mesmo deve ter ocorrido ao redor do mundo. Uma pena, a iniciativa foi ótima, teria sido um evento de proporções nunca vistas.

Vamos e venhamos (correndo, é claro), perdeu-se uma prova no calendário que não tinha igual, com brindes da marca, camiseta de tecido tecnológico, shows e mais uma porção de coisas boas. A foto acima é um imã de geladeira da edição de 2006... que continua na minha geladeira até hoje! A organização era feita pela Corpore, dando mais credibilidade ainda ao evento.

Fica a sugestão para que a gigante do esporte, que já foi impulsionada pelas ideias malucas de Bill Bowerman*, volte ao nosso circuito com a mesma qualidade de antes.

Boas passadas!

*Bowerman foi treinador de Steve Prefontaine que inventou o solado dos primeiros modelos de corrida com a máquina de waffle da esposa, para desespero dela. Seu nome era tema de uma das corridas da Nike que também não existe mais, porém esta é outra estória...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

É doideira? Tô dentro!

O anúncio é bem claro: 765 degraus – 31 andares – 142 metros. Vem aí a primeira corrida vertical do Brasil... e você acha que eu ia perder a chance de participar de uma maluquice dessas?

Eu até contorno o elevador do prédio e subo pelas escadas várias vezes quando chego em casa, mas sem correr. Sabe como é, posso cruzar com o síndico e tomar aquele “pito”, então eu me controlo. Mas lá no prédio da Nestlé no próximo dia 29 o síndico não vai criar problema...

Enfim, minha inscrição (gratuita) chegou e lá vou eu para mais uma doideira!

Que graça tem ser uma pessoa normal?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Corrida Duque de Caxias: perfeita!

A experiência em organização de corridas de rua da Corpore mais uma vez foi utilizada de forma total, proporcionando algo que eu não via já há algum tempo: uma prova do que não tivemos praticamente nada do que reclamar! Muito do que já havia sido feito anteriormente (e que dava certo) foi utilizado em conjunto com coisas novas e o resultado foi muito além do esperado.

Para começar, duas coisas que sempre ocorriam nestes eventos e que não se sabe por que mudaram: entregar o chip no dia e retirar a camiseta após a prova. Para o corredor, isto evita o transtorno de ter que se deslocar na véspera ou antes para retirar o kit. Para a organização, é a certeza de que o corredor irá devolver o chip, o que nem sempre acontece nas retiradas antecipadas. É claro que a prova deixa de ter corredores “uniformizados” com a camiseta do evento, mas é um preço pequeno a se pagar, uma vez que raramente é obrigatório utilizá-la no dia. Eu, por exemplo, só uso depois de uma lavagem completa na peça, pois muitas vezes estão engomadas e causam irritação na pele.

A largada foi dividida em baias com acesso controlado por pulseiras e a prova foi tranquila, no percurso Ibirapuera-Av. 23 de Maio, sendo a única reclamação o clima seco e ar poluído que estamos enfrentando na cidade nestes últimos dias, mas a organização não tem culpa disto. Ainda bem que não estava o mesmo frio que tivemos durante a semana, senão seria meio complicado largar às 7:15 da manhã. Esta também foi uma novidade, e acredito que o corredor sacrifica sem problemas um pouco de sono para ter clima mais ameno durante uma corrida.

Outra coisa que voltou, espero que daqui para a frente, é a entrega de um kit pós-prova decente: frutas, lanche, água, Gatorade, iogurte, doce e barrinha de cereal. Coma o que quiser, dependendo da sua fome. A camiseta foi de manga comprida, tradicional verde exército (Duque de Caxias é o patrono do Exército Brasileiro, sabia?), medalha bem trabalhada e as meninas ainda ganhavam uma segunda camiseta no Espaço Mulher (tudo bem que eu ouvi um cidadão dizendo que usaria mesmo assim...)

No meu ritmo pós-lesão, terminei em 01:04:39, mas com split negativo, ou seja, a segunda metade foi mais rápido que a primeira. O corpo já aquecido e a dispersão depois do pessoal de 4,3 Km terminar sua prova contribuíram bastante para o resultado.

Parabéns aos concluintes, à Corpore e ao pessoal do Exército, que correu junto (entoando seus hinos de corrida!) e que ajudou na organização do evento.

Vamos torcer por mais provas como esta!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vote em mim! Ou melhor, no meu blog!

É ano de eleição e você já está sendo convocado para votar, mas por enquanto é para dar o seu voto para o meu blog. Estou inscrito no 2º. Prêmio Blog Books, que já transformou diversos “diários da internet” em livros em papel. E é claro, eu conto com a sua ajuda.

Eu não vou fazer campanha eleitoral, mas prometo sempre posts interessantes e defender o seu direito de participar de corridas com preços justos e distâncias honestas, lutar pela sua satisfação nas provas de rua e buscar sempre os melhores resultados para que você tenha certeza que este blog é um defensor dos corredores, um veículo de informação que respeita e prioriza o atleta do asfalto... putz, me empolguei, companheiro...

Aí vai o link:

Para votar no Número de Peito


Tive acesso ao prêmio durante a Bienal Internacional do Livro aqui em São Paulo e conferi os volumes já publicados, muito interessantes e que servem de estímulo para melhorarmos sempre a qualidade dos posts.

E como não poderia deixar de ser, aproveitei que estava na Bienal fazendo umas “comprinhas” e adquiri o livro “Nascido Para Correr” de Christopher Mcdougall (com um descontinho interessante, diga-se). Assim que eu ler, deixo uma resenha para vocês aqui.

Conto com o seu voto!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Escolha uma Meia Maratona e voe!

Tá afim de melhorar aquele tempo da Meia Maratona e não sabe como (além de treinar melhor, é claro)? Então escolha entre 3 provas que ocorrerão em São Paulo, duas na cidade e uma muito próxima, onde o percurso é quase todo plano.

Aí fica fácil ganhar alguns minutos preciosos...

Meia Maratona de Praia Grande

Percurso totalmente plano, basta olhar o mapa e você verá que não tem como ter subidas! As inscrições já estão abertas desde 10/08 e é bom correr, pois aceita no máximo 3.100 atletas, incluindo a prova de 10 Km que acontece junto.

Quando: 12/09/2010
Preço: R$ 50,00 (tá bom, né?)
Site: TriEsportes


Meia Maratona das Pontes

Pelo nome dá até impressão que vai ser um sobe-e-desce daqueles, mas as únicas pontes são a da largada (Ponte Transamérica em Santo Amaro) e a Ponte Estaiada (cartão postal da cidade e largada de muita corrida, inclusive a nossa patética maratona). É a segunda edição desta prova que ainda não adquiriu identidade própria, ou seja, deveria ser um pouco mais desafiante e envolver mais pontes da Marginal Pinheiros para justificar o nome. Também ocorre no evento uma prova de 4,8 Km (que raio de distância é esta???)

Quando: 26/09/2010
Preço: R$ 70,00 (carinho, né?)
Site: Meia Maratona das Pontes


Circuito Athenas, 3ª. etapa

Como a proposta é a evolução da distância do corredor, quem correu 5 passou para 8 e depois para 10, quem correu 10 passou para 16 e agora... 21 Km! As outras etapas foram bem organizadas (participei da primeira, acompanhei os relatos dos blogueiros nas outras) e o percurso vai ser praticamente o mesmo da Meia Maratona das Pontes. Então, por que participar? Dá uma olhada no kit e depois você me diz.

Quando: 14/11/2010
Preço: R$ 80,00 (putz, caro mesmo!)
Site: Circuito Athenas

Nas duas últimas, prepare o bolso: o estacionamento do Centro de Convenções Transamérica não custa menos de R$ 25,00...

Então, em qual você vai? Todas?

OK, então a gente se vê lá!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

E agora, desembarquei na Europa!

Sabe quando você recebe um convite inesperado, e num primeiro momento não sabe nem o que responder? Foi mais ou menos assim há umas duas semanas quando o corredor Vitor Dias do Correr por Prazer convidou-me a escrever uma matéria para a área de seu blog conhecida como “Blogosfera Corredora”.

Bastam alguns cliques para você ver porque este é o blog de corridas mais visitado... em Portugal!

Pois é, agora estou lá do outro lado do Atlântico, na companhia virtual de nossos ilustres corredores portugueses!

Aí vai a matéria: Do Km zero ao 42 na Blogosfera

Vitor, mais uma vez muito obrigado pelo convite e sucesso nas corridas!

E vocês corredores portugueses estão convidados a correr as nossas provas aqui no Brasil!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Campanha de Segurança Virtual em nossos Blogs

Lendo o blog Corro por Correr do Leonardo Nista na semana passada, percebi sua preocupação bem fundamentada sobre o perigo da exposição na Internet, particularmente alarmante para nós blogueiros. Afinal, o termo “blog” nada mais é do que a junção das palavras “web” e “log”, ou seja, “diário na rede”. Nossos blogs acabam tomando a forma de pequenos periódicos, onde noticiamos sobre os eventos de corrida, nossa participação nas provas e tudo o que se relaciona com o universo running. Então, qual o problema?

Na verdade, o problema começa quando expomos mais do que deveríamos na Internet, aberta a qualquer pessoa (de boa índole ou não) que queira ler. Percebo que alguns blogueiros se empolgam tanto com a idéia de compartilhar com os demais leitores seus treinos e provas que acabam entregando de bandeja informações vitais para os mal intencionados virtuais. Já vi blogs com fotos da frente da casa do corredor, seu carro (modelo, cor e placa!), fotos de equipamentos caros, familiares e mais um monte de informações que poderiam levar alguém a agir de má fé contra o corredor ou sua família. De vez em quando eu também coloco minhas fotos, mas tenho o maior cuidado em não expor nada nem ninguém, o que vale é noticiar sobre as corridas e eventos (OK, de vez em quando eu me empolgo e falho).

Imagine a seguinte situação: localizam você pela foto da casa e descobrem seu telefone. Esperam aquele momento em que você vai para o treino longão de 3 horas (que está na agenda seu blog) e ligam para sua casa dizendo que você foi sequestrado... Geralmente seu celular fica em casa nestas horas e ninguém tem como confirmar. Descrevem sua roupa (camiseta de corrida), modelo do tênis, frequencímetro... E aí, o que faz sua família? Chama a polícia, corre até o parque para ver se você está lá ou compra os créditos de celular que vão para os telefones dentro dos presídios? Acertou, provavelmente este último.

Então, tentando alertar nossos amigos corredores blogueiros, criei um selo para distribuirmos nos blogs, conscientizando sobre a necessidade de tomarmos o máximo de cuidado no mundo virtual:


Envie o selo para 5 blogueiros e destaque 5 pontos para tomar cuidado na criação dos posts. Aí vão os meus 5 blogs:

Corro por Correr
Foto Corrida
No Mundo das Lulus
Correr para a Vida
Correndo Corridas

(os blogs selecionados não foram escolhidos por “dar bobeira”, e sim como propagadores da campanha!)

E os meus 5 conselhos:

- Cuidado ao divulgar fotos e nomes de seus familiares e amigos;
- Não ostente equipamentos caros de corrida, nem na rua, nem no blog;
- Evite fotos que mostrem onde você mora ou que carro pilota;
- Jamais deixe sua agenda e/ou rotina de treinos com todos os detalhes no seu blog, alguém pode estar esperando o momento de você sair de casa para tomar alguma ação;
- Como as corridas acontecem muito cedo nos finais de semana e feriados, evite ficar muito tempo no lado de fora de casa antes de sair; deixe tudo arrumado e saia de uma só vez. Afinal, você já noticiou no blog que vai naquele determinado evento.

São apenas conselhos, e tenho certeza que você consegue elaborar alguns bem legais.

Mesmo que seu blog não foi “presenteado” com o selo, copie e envie aos seus amigos blogueiros.

O que importa é a sua segurança e a deles!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ChiRunning: funciona?

Agora, recuperado daquela lesão chata que não teve consequências nas outras corridas, fui revisar um método de corrida que havia acompanhado há algum tempo e que não coloquei em prática totalmente: ChiRunning, termo criado pelo americano Danny Dryer para utilizar técnicas de corrida a parti do T’ai Chi. As ideia são boas, plausíveis e fáceis de serem aplicadas na vida do corredor. A grande questão é: realmente funciona?

Antes de mais nada, um aviso: este material está totalmente em inglês, sendo que eu o adquiri por pura curiosidade em uma liquidação de livros. Outro aviso: não estou indicando, não testei e apesar do apelo de que o método permite a você “correr sem lesões”, deve-se levar em conta que o mercado americano tem por hábito exagerar no marketing dos produtos, às vezes de forma irresponsável (espero que não seja este o caso). Porém eu concordo com o autor sobre a questão postural influenciar tanto no desempenho quanto no aparecimento das lesões.

Não queira ser chique dizendo “qui-running”, é “chi-running” mesmo, como em “xi”, ok? Pronto, assim você não passa vergonha na loja de livros. O “Chi” é conhecido como a força da vida, que gera movimento no mundo físico, sendo também criada pelo próprio movimento. Une corpo, mente e espírito, uma força visível apenas através de seus efeitos no nosso mundo (eu me sinto o próprio Mestre Yoda traduzindo este negócio!). Partindo deste ponto, o autor cria todo uma técnica de postura e movimento voltada à corrida, mas que exige exercícios corretivos para a maioria dos corredores.

Também há um vídeo (que não acompanha o livro), mas você pode pesquisar no YouTube e algumas cenas podem dar uma ideia da técnica. E para completar, a New Balance lançou um modelo específico para o ChiRunning. Como eu disse, os americanos exageram um pouco.

Eu não garanto que vá testar de uma ponta a outra o método, mas algumas indicações posturais podem ser aproveitadas mesmo para o dia a dia. Quanto à sugestão de concentrar a passada no "mid-foot" (meio do pé ao invés do calcanhar), comigo isto não funciona muito bem. Afinal, a biomecânica de cada corredor é individual e deve ser respeitada.

Visite o site oficial para conhecer um pouco mais sobre o ChiRunning.

E lembre-se: pratique o “bom senso” antes de qualquer outra técnica...